Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore

Penetrem aí os Folcloristas e verão, pelas interpretações que poderem dar, — aliás diversas, — que os Haussás, como renovadores dos contos afronegros, sabem, às vezes, vesti-los de uma elevada moral.

A Cachorra, quase sempre fantasiada como mulher nos contos afronegros, simboliza, geralmente, a prostituta. O Quibungo tem simbolização diferente das que já vimos nas seis peças transcritas no Capítulo XX, mas a boca das costas ainda continua sem funções de estômago...

A Mulher Perversa é um admirável exemplo para interpretações e estudo.

A Cantiga do Jardineiro é uma das mais belas peças de renovação do Folclore Afronegro pelos Haussás da Bahia, assentada nos atributos de Chibamba que referimos no Capítulo XI.

Nossa função não é modificar, nem alterar, nem concertar a linguagem das peças coligidas, mas isso não embarga lembrarmos a necessidade dos estetas da palavra estilizarem os contos, as fábulas, as narrativas, as lendas, os apólogos, já havidos como corretos à luz dos metodos científicos e os fazerem como seus, correr mundo, ilustrados ou não, mantidos os esqueletos em cada caso e respeitados os atributos de cada Mito, evitando outrossim que a fantasia os altere ou crie interpretações e correlações baseadas em muitas ilusões dos Folcloristas de Lobisbomens, Mulas sem Cabeça, Porcas Moles, &.

FICHA N.° 199 — 1, 2, Bahia — 3, Recôncavo — Capital — 5, A CANTIGA DO JARDINEIRO — 6, Conto — 7, 8, Chibamba. Princesas. Príncipes. Rei. Mensageiros. Adivinhos. Soldados. Seres de transformação — 9, Feição Afronegra — 12, O sobrenatural nas vitórias do amor — 22, Subciclo de Chibamba — 23, Xerife do Taboão — 25, Souza Carneiro.

Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore - Página 380 - Thumb Visualização
Formato
Texto