Entrementes, os soldados tinham achado meios de comunicar ao 28° batalhão de caçadores, estacionado no forte da Praia Vermelha, não só a explosão da revolta, como as esperanças que depositavam nos seus futuros planos e, aquele, acompanhado pelos colonos irlandeses, não se demorou em seguir o exemplo do 2° batalhão de granadeiros. O começo das cenas trágicas que então se desenrolaram no forte foi o assassinato do major Thiola, italiano de nascimento. Havia muito que este homem vinha provocando o mais intenso ódio dos seus subordinados pelas fraudes, extorsões e horríveis crueldades de toda a casta, que cometia. Foi assim que, para só citar um exemplo, quando o batalhão esteve sob o seu comando em Pernambuco, condenou um soldado, por insignificante infração da disciplina, a oitocentas chibatadas. O infeliz recebeu, com efeito, quinhentos golpes; mas, de repente arrancou de dentro do quadrado que o cercava, e atirou-se louco de dor ao rio próximo. Alguns pretos, que pescavam nas imediações, conseguiram retirá-lo d'água, mas fora tarde — o desventurado tinha sucumbido a uma congestão. Sabedor disto, ordenou Thiola que o cadáver fosse de novo metido no quadrado e obrigou, de espada em punho e com indiferença canibalesca, os tambores a aplicarem no morto as restantes trezentas chibatadas. Várias cenas semelhantes eram-lhe,