de certo não sem razão, atribuídas, ao que acrescia ainda que bem se sabia ter ele várias vezes, para satisfação de seus vícios, desfalcado a caixa do batalhão.

Os soldados desvairados não deixaram de aproveitar a excelente oportunidade que se lhes oferecia de se vingarem de semelhante tirano, e o major Thiola foi procurado por todo o forte. Mas, prevendo a horrível sorte que o aguardava, ele vestira-se apressadamente à paisana para poder fugir da Praia Vermelha, sem ser notado. Já próximo da guarda, avistou-o o bando sanguissedento e atacou-o a pedradas; mas, talvez ainda houvesse para ele salvação, se o oficial comandante da guarda, que já pegara em armas, o tivesse protegido. A vingança tinha, porém, de seguir o seu caminho; tempos antes, aquele mesmo oficial, que jamais quisera concordar com as suas fraudes, fora gravemente ofendido pelo major e, talvez, a lembrança da injustiça sofrida outrora, obstasse que então assumisse, com energia, a proteção do fugitivo. Em vez de impedir, de baioneta calada, os amotinados de continuar a perseguição, repeliu friamente, com as palavras: "Tenho ordem rigorosa de não deixar ningué sair do forte", ao major, que se lhe lançara chorando nos braços e, como uma tímida criança, implorava o seu auxílio. Neste momento foi Thiola arrancado por vários braços robustos, derrubado com grandes pedradas, açoitado com tições