da inteira confiança dos soldados, se poriam à frente dos rebeldes; que estes pretendiam se apossar do palácio de São Cristovão e dos canhões brasileiros ali postados, e conservar o imperador prisioneiro até a terminação da revolta. O terror que a probabilidade desta calamitosa notícia espalhou, não só entre os habitantes do Rio, mas mesmo no seio da corte imperial foi tamanho que, rapidamente, retomou o alvitre de recorrer ao auxílio dos almirantes que comandavam os numerosos navios de guerra franceses e ingleses fundeados no porto. Ambos os almirantes consentiram, de bom grado, em mandar desembarcar um certo número dos seus soldados navais para, em caso de necessidade, prestarem mão forte na repressão dos amotinados. Cerca de mil homens destas tropas avançaram sobre São Cristovão, a fim de desarmarem o 2° batalhão de granadeiros; mas, como a este já faltassem munições e, devido aos esforços e às intermináveis orgias dos três dias precedentes, estivesse em extremo fatigado e visse deante de si um número superior de tropas europeias bem organizadas, não foi difícil convencê-lo a capitular e persuadir os granadeiros a depor as armas, mediante solene promessa de anistia.
Só mau grado seu obedeceram os franceses à ordem de desarmar os alemães, porquanto não podiam manter cordial amizade com os brasileiros e muito menos com os negros que, nesta ocasião, se