o Sul, senão sob bandeira estrangeira, mas ainda assim jamais lhes devia faltar uma forte escolta de canhoneiras. É fácil de compreender quanto com isto sofria o comércio, e que vários negociantes fossem arruinados pela captura dos seus navios, pois as raras presas feitas pela esquadra brasileira não se comparavam com as, quase diariamente, tomadas pela frota inimiga. Não só os particulares eram prejudicados, mas ao próprio governo resultava imenso dano dessa desastrada guerra naval, porquanto não se procedia, com relação às presas, conforme a lei; pois, em regra, os comandantes dos navios de guerra brasileiros guardavam, sem mais partilha, o melhor quinhão para eles. Todas as medidas para impedir estas fraudes eram infrutíferas, pois, atenta a autoridade conferida aos capitães dos navios, não se podia admitir que um subordinado ousasse apresentar-se para dar queixa dum seu superior perante um governo reconhecidamente injusto; por outro lado, os poucos navios aprisionados pelos brasileiros, na embocadura do Rio da Prata, por violação do bloqueio e que, na maioria, pertenciam a franceses, ou norte-americanos, eram energicamente reclamados pelos plenipotenciários das respectivas nações, sendo o Brasil, mau grado todos os protestos, obrigado a pagar as somas exageradas que os capitães dos navios mercantes exigiam como indenização pela perda dos seus navios capturados