cessara de ser ameaçado o comércio de Buenos Aires, e o Brasil tivera, finalmente, que concluir uma paz que determinada tão somente pelo prestígio da Grã-Bretanha, revelava a sua própria fraqueza; o ministro inglês pôde contemplar triunfante a sua obra.
Tanto o Brasil como Buenos Aires haviam esbanjado somas fabulosas com esta contenda de títeres, sem que pudessem auferir o menor proveito; a ilusória esperança de que a Cisplatina, devastada por lutas internas, não se poderia manter independente e, por isso, cedo ou tarde, tivesse que voltar à soberania de um dos dois Estados, desapareceu cedo, pois a Argentina, apesar de algumas agitações intestinas, conseguiu, em pouco tempo, estabelecer ali um governo sólido. Só a Inglaterra e a América do Norte tinham lucrado com esta guerra — a última, especialmente, graças aos inúmeros corsários que enxamearam nas costas do Brasil e, providos de cartas patentes de Buenos Aires, capturavam os navios mercantes brasileiros, também da venda de vários navios de guerra que D. Pedro, em nome do país, irrefletidamente, obteve ali. A fragata Isabel, então o mais belo navio de que se orgulhava o Brasil, pertencia a este número. Assaz para lamentar era que, nos magníficos estaleiros do Rio de Janeiro, da Bahia e de outros portos, se não pudesse construir, regularmente, um navio bem aparelhado; mas, disto também era culpado o governo,