História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

da sua própria conservação, parecia ir se realizar sem mais dificuldades.

Os adeptos de D. Pedro já auguravam que esta cavalgada bastaria para ganhar a massa imbele do povo, a fim de poder mais tarde submetê-lo ainda mais duramente ao jugo do absolutismo.

Foi quando surgiu a câmara dos deputados, na plenitude do seu egoísmo; ordenou ao imperador que permanecesse na capital, "por que, em face dos motivos da agitação republicana, então reinante no Rio, a sua presença era absolutamente necessária para garantia da constituição".

D. Pedro sentiu-se ofendido por uma exigência tão arrogante; jurou por todos os santos do céu e do inferno que havia de seguir para Minas Gerais, ainda que isto custasse centenas de vidas; declarou que a constituição, por ele outorgada, não proibia o monarca de visitar as várias províncias do império, e desta vez tinha ele razão porquanto nenhum artigo da lei básica brasileira, mesmo tomado ao pé da letra, encerra semelhante proibição. E, na realidade, seria uns absurdo inqualificável não permitir que o soberano dum país o percorresse pessoalmente.

A câmara dos deputados (cortes) empregou todos os esforços imagináveis para, por meio de intrigas e de cabalas de toda a sorte, dissuadir deste propósito o imperador; mas, este havia dito: