ameaças bem intencionadas. D. Pedro II foi proclamado imperador constitucional do Brasil em meio das maiores demonstrações de alegria, sendo instituída uma regência de três membros, um dos quais era o astuto Lima, para dirigir os destinos da nação durante a menoridade do soberano. Para tutor do mesmo, D. Pedro havia nomeado, antes da sua partida, ao Sr. José Bonifácio de Andrada, venerado ancião e diplomata idôneo, que tendo percorrido a maior parte dos países europeus, estava assaz familiarizado com a direção dos negócios nos nossos gabinetes. O motivo pelo qual o imperador confiou a educação dos seus filhos justamente a este homem, pareceu enigmático porque José Bonifacio pouco antes perdera o seu favor; mas D. Pedro, certamente reconheceu que, mau grado as suas opiniões contrárias, não poderia encontrar em todo o Brasil uma só pessoa mais digna da delicada missão para a qual o escolheu.
Fogos de vista, iluminação, enfim festejos de toda a casta, transformaram então o firmamento sombrio e prenhe de tempestades no mais puro azul etéreo; os brasileiros sonhavam com um futuro de venturas, que supunham próximo, mas do qual ainda estavam muito distantes. O estourar dos foguetes e o amplo reboar das salvas de artilharia atraía novamente o povo disperso para o Campo de Sanatana, cujo nome a canalha do Rio de Janeiro transformou no de Campo da Honra.