determinada pelo seu divórcio de Josephina.

Parece-me ser aqui o lugar próprio para encartar algumas palavras elucidativas do caráter deste homem singular e, especialmente, de suas relações para com a esposa. Muito já se tem sobre isto dito e escrito; mas, se a verdade está, realmente, nos extremos, o fato é que ela só dificilmente se deixa extrair deste amontoado de versões desencontradas. Os Srs. von Mansfeld e Kioso trataram ambos superficialmente deste assunto; contaram, sem genuíno espírito de crítica, o que ouviram aqui e ali durante a sua curta permanência no Brasil; contradisseram-se sem cessar e andaram sempre tateando nas trevas. Deixemos faltar primeiro o Sr. von Mansfeld: "Sucede, frequentemente, que o imperador, trajando com simplicidade, ao passar pelas ruas, felicite com a sua visita a alguma família da classe média, e todos deliciam-se com a brandura e a afabilidade do augusto soberano". Mas, já na página imediata, diz em nota: "Mais uma prova do quanto a própria imperatriz tem de sofrer por causas insignificantes, oferece o seguinte fato. Contava-se no Rio que o esposo a maltratara com pancadas porque o mordomo, incumbido das pequenas despesas da imperatriz, lhe enviara uma lista, talvez exorbitante, das mesmas contas. A imperatriz viu-se forçada a escrever ao seu mordomo informando-o de que não lhe podia pagar