de pronto e que, devido à sua carta a D. Pedro, já havia padecido". E logo após:
"Como se deve ter sentido infeliz a imperatriz, não só por ter recebido, nos seus aposentos privados, tão duro tratamento da parte do esposo, mas porque este a insultou vilmente e a maltratou de modo cruel, em plena rua, em face do povo indignado. Além disto, por maior que fosse o seu desgosto por isto, a desventurada imperatriz tinha de suportar ao seu lado, como camareira, à mal afamada condessa de Santos". Como harmonizar atos desta natureza, de que aquele homem era capaz contra a mais nobre e digna das mulheres, com a bondade e a afabilidade com que é glorificado no livro do Sr. von Mansfeld? Apenas o que foi dito por último pode ser verdade, conforme era voz geral entre o povo brasileiro, e a minha própria experiência o confirmou. Não a condessa e sim a marquesa de Santos, outrora uma vulgar rapariga do campo, natural da província de São Paulo, casada depois com um segundo-tenente das milícias dali, foi a causa principal dos muitos ultrajes feitos à desventurada imperatriz, hoje falecida. A marquesa não podia, absolutamente, ser considerada formosa, sendo duma corpulência extraordinária; entretanto, sabia tão bem cativar o imperador, que este a conservou como amante durante muitos anos e, depois de lhe haver conferido o título de marquesa, lhe fez construir um