porque o marquês de Barbacena, no seu tresloucado sistema econômico, era de opinião que ao soldado bastava ter a primeira para matar a fome e a segunda para saciar a sede. Já nos primeiros dias da nossa marcha forçada, faltou-nos mesmo o mais necessário; nem ao menos sal foi distribuído e, frequentemente, nem por dinheiro era possível obtê-lo. É fácil compreender a nefasta influência que semelhante mudança produziu no ânimo dos soldados que, de coração, julgavam não haver na sua conduta anterior causa que justificasse tão mau tratamento, e os oficiais tinham sobejas oportunidades para perceber claros indícios de crescente descontentamento. Entretanto, como logo veremos, no dia da batalha, o 27° batalhão de caçadores distinguiu-se gloriosamente entre todos os demais corpos do exército.
Foi em princípios do mês de fevereiro de 1827 que partimos de São Francisco de Paula; diariamente esperávamos encontrar uma partida inimiga; mas chegamos, felizmente, ao exército sem o menor acidente. Constava ele de três seguimentos de cavalaria e cinco batalhões de infantaria, de tropas regulares, de nove regimentos de cavalaria miliciana e de duas divisões de artilharia de seis peças cada uma; ao todo cerca de oito mil homens. O inimigo contava com quase dobradas forças; pois dispunha só de cavalaria de quatorze mil homens, três pequenos batalhões de infantaria e 21 canhões.