História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

Pelas seis horas da manhã de 20 de fevereiro de 1827, enfrentaram-nos, no Passo do Rosário, alguns piquetes de cavalaria inimiga que nos receberam com nutrido fogo de carabinas; logo teve o nosso batalhão ordem de despregar duas companhias em atiradores, enquanto as restantes quatro companhias avançavam em coluna cerrada. A noite fora escura e fria; só pelas sete horas da manhã começou a dissipar-se a névoa; o sol brilhava no céu e, postado em ordem de batalha sobre uma eminência vizinha, avistamos o exército inimigo. Mas, o que distinguimos sobre aquela lombada era menos da metade das forças contrárias; o grosso estava emboscado na canhada oposta. O sol dardejava, cada vez mais ardentes os seus raios; a natureza dormia como se o mundo inteiro jazesse em paz completa. Foi quando o general Abreu teve ordem de atacar o inimigo com a cavalaria miliciana e de fazer avançar, lentamente, os cinco batalhões de infantaria. A primeira investida foi extremamente ardorosa, mas tão desordenada que as nossas milícias não tardaram em ser rechaçadas. Os cavaleiros repelidos, na mais horrível confusão, retrocederam com ímpeto irresistível, sobre o 18° batalhão de caçadores, que não podendo distinguir amigos de inimigos entre a multidão sem fardas, rompeu, cegamente, fogo sobre os fugitivos; o próprio general Abreu foi mortalmente ferido por uma dessas balas traiçoeiras. Ao mesmo