Os nossos artilheiros só cuidaram em salvar as próprias vidas, e abandonaram os canhões confiados à sua guarda; a nossa cavalaria dispersou-se por todos os quadrantes, e só a infantaria, com especialidade o batalhão alemão, permaneceu sempre serena e firme. Vagarosamente e na mais perfeita ordem, esta falange heroica foi retrocedendo; os soldados, mortos de fadiga, arrastaram ainda assim consigo onze canhões e cobriram a retirada de todo o exército. Só uma peça, com as duas rodas quebradas, caiu em mãos do adversário; foi o único troféu dessa jornada memorável. Enquanto, porém, os dois exércitos se batiam, um grosso da cavalaria de Buenos Aires, preferindo aos riscos da batalha o saque da nossa bagagem deixada cinco milhas à retaguarda, surpreendeu a sua débil guarnição, que trucidou de modo indigno, e pilhou todos os nossos haveres, os poucos objetos de comodidade que tanto preza o coração do soldado em campanha.
Neste dia deixamos no campo da ação, entre mortos e feridos, quatrocentos dos nossos, sendo 83 alemães. A perda do inimigo, segundo a sua própria confissão, importou em mais do duplo. Esta sangrenta ação devia ser coroada por uma cena de indescritível horror. Já no fim do combate, os patriotas (assim chamavam a si mesmas as tropas que pelejavam por Buenos Aires e pela Cisplatina) haviam posto fogo ao capim seco, de três a quatro pés de altura, que cobria a planície,