em socorro dos naufragados que, desta vez, escaparam só com o banho; mas o acidente custou-nos a perda de seis espingardas. Depois de, felizmente, passada esta pequena aventura que mais tarde nos forneceu assunto para gargalhadas, pisamos terra, molhados até os ossos, e refugiamo-nos, assim que nos mandaram dispersar, na mais próxima taverna para, pelo menos, escapar à chuva que continuava torrencial. Os soldados foram alojados em quartéis bastante espaçosos e asseados; mas, quanto aos oficiais, nenhuma providência fora tomada; cada um tinha de procurar onde se aboletar. O alojamento das tropas, no Brasil, é um problema assaz espinhoso para as autoridades a quem compete providenciar a este respeito nas cidades, de modo a fazê-lo com satisfação de todos; nenhum cidadão brasileiro é obrigado a hospedar, por mais de três dias, um militar, bem como, de forma alguma, lhe cabe prover o hóspede de alimentos, o que depende tão somente da sua boa vontade. O dono da casa só tem que fornecer lenha e sal, devendo o próprio soldado preparar as suas refeições com as rações que lhe são fornecidas. Mas, para honra dos habitantes da província de São Pedro do Sul devo, entretanto, confessar que só raramente se aproveitavam de semelhantes privilégios e, em regra, nos proporcionavam, voluntariamente, tudo o que se continha nas suas cozinhas e dispensas. Era que esta gente muito esperava da bravura das