tropas alemães e por isso consideravam como um dever agasalhá-las e tratá-las o melhor que pudesse. Mas, aqui, no pequeno povoado de Serrito, onde já estava reunido um grande número de militares, tornou-se impossível aboletar a todos igualmente bem, pelo que a maioria dos oficiais teve de se contentar com algumas barracas ruins, armadas junto à margem do Jaguarão, não longe dos quartéis. Casualmente, tive a fortuna, em companhia do ajudante do meu batalhão e dum outro oficial, de encontrar quem me oferecesse e cedesse uma bonita casinha por todo o tempo da nossa permanência. Não obstante termos que nos preparar, com constantes exercícios, para a próxima campanha, restava-nos tempo suficiente para poder examinar com vagar a povoação e os seus deliciosos arredores. Serrito é mal edificada, tem ruas estreitas e tortuosas, casas baixas, em parte cobertas de palha, e só se distingue por uma bela praça. Os arredores, porém, conforme frequentemente sucede no Brasil, são pitorescos e possuem, em alto grau, um cunho de estranha beleza romântica. Inumeráveis colinas de suave pendor, atravessadas por escarpas coroadas de árvores e de arbustos de verdura primaveril, cercam a pequena cidade situada na margem do rio Jaguarão e, assim, tem-se aqui tudo o que pode tornar uma paisagem atrativa e interessante: bosques, água, montanha, vales e um céu profundamente azul.