Os habitantes do referido povoado mostraram-se para conosco de extrema gentileza e obsequiosidade, se bem que conformando-se com as circunstâncias mantivessem, quanto à política, relações secretas com os seus vizinhos da província Cisplatina. A precária posição de Serrito podia, aliás, desculpar a conduta equívoca dos seus moradores, pois ora estava em poder dos portugueses, ora em mãos dos espanhóis. O rio, que separava a cidadezinha da região inimiga da margem oposta, é fácil de atravessar em ligeiras e velozes canoas e, como a cidade não possui fortificação alguma, as tropas da república sul-americana costumavam invadi-la, logo que os brasileiros lhes davam as costas. No dia 12 de outubro de 1827, aniversário do imperador D. Pedro I, todo o exército estacionado em Serrito foi passado em revista pelo marechal Braun. Então podíamos orçar por seis mil homens, mas faltavam ainda alguns regimentos de cavalaria miliciana que só mais tarde se nos deviam juntar. O marechal fizera distribuir o soldo de muitos meses em atraso, as rações eram fornecidas inteiras e o espírito das tropas pareceu, com isto, erguer-se de novo, pelo menos momentaneamente.

O padre vigário de Serrito, homem ainda moço, bastante esclarecido, muito jovial e manhoso, a quem só faltava aquilo que o sustentava, isto é, religião, procurou especialmente captar a confiança e a amizade das tropas alemães. Provia