arrebatado algumas boiadas. Muito a contragosto, troquei a minha confortável casinha de Serrito por uma das piores barracas que os ingleses tinham vendido ao governo brasileiro por preço exorbitante. Nela, o calor era tão intolerável que, mesmo ao meio-dia, tornava-se preferível nos expormos, sem nenhum abrigo, aos raios do sol, a permanecer debaixo daquelas tendas insuportavelmente abafadiças; outrossim, a chuva, que aqui de ordinário cai em pesadas gotas, batia com tamanha força sobre a distendida lona delgada, que ao seu abrigo ficávamos tão depressa encharcados como ao ar livre; o menor golpe de vento lançava por terra toda a sua problemática magnificência, de modo que não era mais possível fazer cálculos sobre a circulação do orbe.
Cada vez crescia mais a nossa ansiedade por que começasse a campanha, pois esperávamos que, às ordens do marechal Braun, pelo menos, quanto ao abastecimento de víveres, teríamos a padecer menos do que sob o comando do marquês de Barbacena. Enfim, chegou a almejada ordem; o dia 7 de janeiro de 1828 foi fixado para o da partida. Pusemo-nos realmente em marcha naquele dia; um longo troço de carretas com provisões, bem como quantidade de outras repletas de mercadorias, seguia o exército. Era assim chegado o momento que me devia timbrar de herói; era assim que se me oferecia o ensejo de, por próprio esforço, alcançar no bruto torvelinho