está onde existe, a despeito da cor. Os portugueses são bastante estúpidos para não serem sensíveis a esta verdade eterna. Tanto pior para eles. Quanto a mim, declaro não ter visto no Rio mulher nenhuma digna de ser comparada a Manuela. Ela é tão boa e dedicada quanto bela, e eu a amo com todas as minhas forças.
— O senhor é muito justo, observou a negra com uma entonação cheia de franqueza e dignidade, que me levaram a fazer dela o melhor conceito.
A datar desse dia, fui tratado por Fruchot e por Manuela como teria sido por um irmão e uma irmã dedicados.
Eis de um só lance a história da negra e do meu antigo camarada de Charlemagne. Chegada aos 14 anos, no Império, Manuela foi vendida a um rico proprietário de Mata-Porcos, que a entregou à sua esposa. Esta fez dela a sua mucama.
Em outro ponto, observei o espírito rebelde e o caráter independente dos pretos mina. Afirmei que a sua natureza não se amoldaria bastante às exigências do serviço doméstico. Foi preciso, então, renunciar a empregar a jovem escrava dentro de casa.
A quinta do sr. Madrinhão possuía um pomar, onde bananas, laranjas, cajás, pitangas, abacaxis, figos, etc. cresciam em abundância. Confiaram um tabuleiro a Manuela, e todas as manhãs ela ia à cidade carregada das frutas da quinta.