aos outros homens. Como direi? Pedindo-lhe o seu amor, ela tratava-o como o mais belo, o mais valente. Mostrava-lhe a consciência do seu mérito, dava-lhe confiança em si próprio, sem a qual não pode haver sucesso no mundo.
Então, o seu reconhecimento exaltou-se, e ele encheu o coração ardente da quitandeira dos tesouros de ternura afundados no seu coração, havia tantos anos.
Sua felicidade, entretanto, estava longe de ser completa. Se o coração de Manuela era seu, sua pessoa era propriedade de outrem. Era preciso, portanto, quebrar os ferros da escrava dedicada e mantê-la na altura do seu amor. Como ficou dito, o artista fizera-se corretor.
Fruchot ganhava honradamente a sua vida, mas não pretendia juntar dinheiro. O estado modesto de sua fortuna não lhe permitia comprar Manuela. Quanto à negra, feliz pelo acolhimento do amante, entregava-se à alegria do presente sem pensar no futuro. Amava e era amada. Que mais poderia desejar?
Um dia Fruchot dirigiu-se ao teatro e pediu para falar ao diretor. Durante a noite uma ideia atravessou-lhe o cérebro. Ficou uma hora com o empresário. Ao sair do teatro, mostrava uma expressão radiante.
Oito dias depois dessa visita, os jornais da localidade dirigiram um apelo aos sentimentos generosos do público: