Ora essa! Pois está aí o nome declarado. Mas o culpado é Molière.

Prometi a Fruchot chamar à ordem esses campeões da glutoneria. E no dia seguinte cumpri a promessa.

O negociante de carne seca foi o primeiro a começar o bombardeio. Suspirando, inclinou-se gravemente, como num cumprimento, para o lado do capitão. Este respondeu-lhe no mesmo tom, curvando-se por sua vez, como se retribuísse uma gentileza.

Imaginem um homem dizendo a outro:

— Senhor, tenho a honra de o servir.

E o outro respondendo no mesmo tom:

— Senhor, aqui estou às suas ordens.

Tal era o sentido da manobra que acabavam de fazer.

A nossa paciência tinha sido posta à prova, e era tempo de acabar com essa troca bizarra de cortesias ininterruptas.

Perguntei ao homem da carne seca, com os rodeios que merecia um executante dessa força, se ele era vítima de alguma moléstia do estômago, ou se a emissão desses suspiros eram o resultado dum costume português.

O negociante ficou muito admirado com a pergunta e repetiu-a ao cabeleireiro, que traduziu o meu pensamento dando à metáfora a explicação que convinha. O outro virou-se para o meu lado e elucidou: