E deu-lhe o pequeno embrulho.
O sr. Vermelho começara a sorrir, mas vendo o conteúdo do pacote, enrugou a fronte e contraiu os sobrolhos.
— São seis lenços da fábrica de Lyon, a primeira da Europa depois da de Lisboa, ajuntou Fruchot, com ênfase.
O capitão não sabia se se devia ou não zangar.
— Mas, não preciso de lenços, graças a Deus! Tenho uma dúzia e meia na mala.
Fruchot continuou com o mesmo sangue frio:
— Eles lhe servirão, como até agora, para enxugar os dedos, capitão. Enquanto que estes o senhor reservará exclusivamente para o nariz.
E cumprimentando-o, deixou o capitão estático e de pernas paralisadas como a estátua de Lot.
O negociante de carne seca e o cabeleireiro esperavam-nos no barco. Acomodaram-se todos para dar lugar à temível Manuela.
Ao chegarmos a terra, confundiram-se em zumbaias e oferecimentos de préstimos.
— Agora, meus senhores, poderão suspirar à vontade, disse eu, retribuindo-lhes os cumprimentos.
O português retirou-se, cumprimentando sempre. Quanto ao cabeleireiro, deu na verdade um suspiro profundo, suspiro de apaixonado, acompanhado de um olhar de mágoa.
Não me enganara. Fígaro falara por si próprio ao repetir o mote das Redondilhas. Somente a indiferença