paz o momento marcado pelos decretos divinos para vir, de um surto, reivindicar os seus direitos à herança de seus pais.
Esse mito é perfeitamente aceito pelos espíritos ignorantes e fanáticos, e também por certas naturezas civilizadas.
Haverá raciocínio, em se tratando de fé?
A crença popular foi explorada por aventureiros pouco escrupulosos. Não aconteceu o mesmo, no tempo de Luiz XVII? Três homens apareceram então, dizendo-se igualmente d. Sebastião, e, entre eles, um genovês cujas declarações (referindo-se a circunstâncias apenas conhecidas pelo monarca e por alguns íntimos) tinham um caráter apavorante de verdadeiro. A opinião pública foi abalada. Mas os espanhóis, que afastaram os milagres nocivos aos seus interesses, trataram o genovês de impostor e enviaram Sua Majestade à prisão, onde veio a falecer.
A verdade é que sempre a superstição popular acreditou na lenda de que o rei d. Sebastião está vivo e bem vivo.
Os jesuítas ainda bordaram fantasias sobre este tema, já passavelmente assombroso. Segundo eles, Deus confiou o príncipe aos cuidados de um jovem eremita, que deve velar por ele até que, obedecendo às ordens do alto, d. Sebastião possa de novo subir ao trono dos seus antepassados.
A história era romanesca demais para não seguir seu curso. Depois disso, os oráculos falaram. Predições