Terminava, quando um rugido terrível ressoou nas profundezas da mata.
Tio Barrigudo parou e prestou atenção.
Duas vezes ainda o ronco se fez ouvir.
Por acaso, nesse momento, eu tinha os olhos fixos em Gregório. Vi o escravo voltar-se para o nosso lado, e pareceu-me que o pajé e ele trocavam um olhar de inteligência.
Os capitães estavam ainda ocupados com os seus cavalos e não se incomodaram por tão pouco.
O corretor, caçador exímio, agarrou o seu fuzil.
— Eis um jaguar, ao qual vou dar o meu cartão de visitas.
— Cuidado! observou o capitão Santa Maria. Pode muito bem ser que o pretendido jaguar não seja outro senão o botocudo fugitivo, que envia um sinal ao tio Barrigudo. Vocês não conhecem como nós todas as armadilhas desses pagãos. Se estou certo, não o percam de vista. Um botocudo é mais perigoso que um jaguar, sobretudo, quando conhece o manejo das armas de fogo.
— Quanto a nós, não tiraremos os olhos de cima do velho feiticeiro, declarou o segundo capitão. Se ele se mexer ... eu me encarrego de o mandar logo para os vales ditosos onde o grande Taru reune os guerreiros depois da morte, ajuntou o mulato, cujo contato com os índios o fizera conhecer as suas superstições.