Mulheres e Costumes do Brasil

cujos raios, quando nos atingem, dão a impressão de carícias. Nada mais gracioso e mais original do que a sua cabeleira. Imaginem uma família de insetos, enfiados em pequenas hastes flexíveis, ligadas, formando uma coroa, coroa essa que Taru-Niom colocou à cabeça.

Nunca diadema de pérolas ou diamantes, nunca flores brilhantes e matizadas produziram efeito mais maravilhoso que essa grinalda de pequenas borboletas.

As cores vivas do leilus casadas às pontinhas amarelas dos gorgulhos e às tonalidades mais claras do nestor, envolvem de uma auréola de púrpura e de ouro a fronte da índia vaidosa. A menos que se consiga fazer uma faixa real com o arco-íris ou uma coroa de estrelas, não vejo combinação que possa rivalizar com a elegante e esplendorosa guarnição imaginada por aquela filha das selvas.

Um colar de coral circula o seu pescoço.

A despeito dos seus cabelos aparados, da sua saia de algodão esburacada, dos farrapos de pano que substituem as vestes indispensáveis, a índia das borboletas é encantadora.

A vinte passos de nós está o lago, onde distinguimos uma criatura que brinca com as águas. É o Pequeno-Taru, esposo da jovem selvagem. Às vezes, deitado de costas, o Pequeno-Taru parece imóvel. Deixa-se baloiçar pelas vagas, como essas conchas que se encontram frequentemente nos trópicos, entregues às