adivinhos, que empunha o maracá sagrado, repleto de grãos de aouai.
Outras pirogas seguem a primeira. Os que não conseguem mais lugar atiram-se ousadamente às aguas, segurando, com uma das mãos acima da cabeça, o arco e a flecha, e com a outra mão e os pés nadam para o lugar da reunião, onde não tardam a chegar. A tribo inteira aflui à ilha. Acende-se o fogo com o auxílio de folhas secas e assa-se a caça em carvões crepitantes.
Entretanto, o jogo começa.
Uma pele de unau(2)Nota do Autor, cheia de musgo, forma um balão que se atira com força para o alto, e que não deve mais cair em terra, enquanto duram os divertimentos. A sua queda importará na terminação deles. Infeliz do guerreiro distraído que não responda ao impulso da bola com a vivacidade necessária: as vaias e as zombarias dos companheiros o punirão pela sua distração e pela falta de habilidade.
O jogo do pau, em que os tapuias se exercitavam a correr, até completo esgotamento das forças, foi substituído entre os botocudos pelo da bola, menos fatigante e muito mais divertido.
Doze raparigas, dirigidas pela bela Miranha, designam três rapazes, escolhidos entre os mais robustos, e os desafiam para a luta náutica. É preciso dizer que Macaé está entre eles.
Os três botocudos atiram-se ao lago e fendem as águas com rapidez, perseguidos pelo bando de moças.