Mulheres e Costumes do Brasil

de várias penas arrancadas da cauda do japiim, coladas aos cabelos com um pouco de cera. Esse diadema ou jakerá-iunni-oka, que não é usado senão nas ocasiões solenes, acaba de completar a fisionomia grotesca e horrenda dum chefe botocudo.

À medida que as iguarias desaparecem, a preocupação dos convivas vai diminuindo. Quando a primeira fome é satisfeita, a conversa anima-se e torna-se afinal ruidosa, porque versa sobre as proezas dos guerreiros durante a expedição conduzida com tanta felicidade contra os inimigos da tribo. Os oradores sucedem-se. Cada qual fala por sua vez dos grandes feitos que cometeram, do número de mulheres e moças que acabaram de privar dos esposos e dos pais, entre os capochos, os mucunis e os panhamés. Gabam-se de ter praticado atrocidades apavorantes nas aldeias que lhes caem sob o seu poder, e se prometem renovar esses atos pavorosos ao primeiro encontro.

As índias, como dignas companheiras dos valentes botocudos, aplaudem a porfia. As virgens, cheias de entusiasmo patriótico, fazem as suas escolhas entre os jovens guerreiros.

Macaé toma então a palavra:

— No ataque da aldeia dos panhamés, notei de pé, diante de uma barraca, três guerreiros. Eram o pai e seus dois filhos. Tomei logo do meu ouagic ké-comm e a minha flecha guerreira feriu o pai em pleno peito. Ei-lo por terra. Os filhos armam seus arcos. Duas flechas vêm enterrar-se no tronco do enorme cupiiba