Mulheres e Costumes do Brasil

meu irmão Macaé. Este abandonou a bela virgem que seu pai lhe havia dado para esposa, condenando-a aos lamentos e às lagrimas. O fato é infelizmente verdadeiro, e a cólera de Cacimuru foi reconhecida como sincera. Mas a afronta de que se queixa o grande chefe mereceria um desafio feito à nossa família?

Que as costas de um guerreiro corajoso como eu fosse mareada de bastonadas?

Macaé evadiu-se dos braços da bela Miranha, mas uma força sobrenatural impelia-o a agir contra a sua vontade. A voz encantadora da mãe-d'água penetrou no seu coração e subjugou-o. Macaé perdeu desde então a consciência de seus atos. Macaé é mortal e a mãe-d'água é uma divindade. Qualquer resistência seria inútil. Meu irmão não é, portanto, culpado do ato de que lhe acusa Cacimuru, visto ele obedecer a um poder superior. Se existe afronta, não havia a intenção, e o nosso chefe não tinha fundamento para castigar na minha pessoa a família de Macaé. Agora, os golpes recebidos bastaram para vingar a ofensa. Chegou a minha vez de punir a afronta que me acaba de ser feita.

— Bebji tem razão. Está no seu direito, disseram os botocudos.

O índio levanta a sua longa vara e devolve pelo dobro as pancadas que sofreu. Fiel às tradições dos antepassados, Cacimuru não se esforça por evitar os efeitos do ressentimento de Bebji. Entrega as costas