Mulheres e Costumes do Brasil

fora nos aponta as sujeiras. Aprecie com serenidade a alucinante marcha dos tempos. E veja se, graças a Deus, que é brasileiro, progredimos ou não, desde o dia 20 de abril de 1857, 357 do descobrimento e 77 da nossa era presente, em que o jornalista Eugenio do Prado escreveu no Jornal do Comércio, dando conta, como o outro Prado, do retrato do Brasil desse tempo: "Embrutecimento do clero — nenhuma crença nas classes altas, uma mistura de idolatria, de paganismo, de superstição e de cristianismo nas classes inferiores — tal é o estado do Brasil".

Como ficou dito, o único intuito dessa tradução (e os editores o reconheceram de pronto) reside no seu valor documentário. Bem ou mal considerado, o que apenas buscamos conservar, reproduzido em vernáculo, é o material que reflete o nosso passado social e histórico, se bem que contemplado por uns olhos algumas vezes sensatos, outras vezes deformados por consciente estrabismo.

Agora, as decisões da justiça.

"La justice, c'est la verité; et Ia verité, c'est Dieu".

GASTÃO PENALVA