indústria, nesses falidos desbriados, sacerdotes do tráfico imoral, em todos esses seres venenosos, em uma palavra, que a lei desacreditou e que, desesperando de fazer novas trapaças em seu país, transportam para outros céus a sua indústria suspeita.
São numerosos, sem dúvida, os tarados que se aventuram às terras intertropicais na intenção de aí explorar todas as vergonhas, todas as concupiscências, todas as necessidades, todos os instintos, todos os preconceitos, todas as virtudes, todos os vícios.
Todavia, esses flibusteiros, que anotei no frontispício de outro livro, não merecem figurar no novo estudo que empreendi.
Entre os velhacos e os infelizes, vulgares mas honrados, que acabam de entrar no assunto, coloca-se uma categoria de indivíduos mais nobres, mais simpáticos também. Trata-se de um grupo especial de lutadores vencidos, que, forçados igualmente pelas circunstâncias a desertar da arena onde correu o mais puro de seu sangue, vão pedir às regiões transatlânticas um pouco de ar e de luz. Vivedores arruinados, que o espírito rebelde e aventureiro solicita. Inteligências inquietas, tímidas e atormentadas, que um trabalho estéril esgotou no seio da sombra e do silêncio, e a quem repugna instalar-se afrontosamente, como o charlatanismo, à face do sol. Naturezas independentes, orgulhosas, místicas, embaídas em suas esperanças e revoltadas pelo constante triunfo da injustiça. Corações devastados por alguma horrível