— Conto justamente dirigir-me para o norte, respondeu, porque tenho alguns negócios em S. Jorge dos Ilhéus. Mas vamos antes aos Correios.
A probabilidade de ter Fruchot como companheiro de viagem agradou-me bastante.
Todo entregue ao prazer desse encontro inesperado, eu não cessava de questionar o meu antigo colega a respeito da sua posição. Ao perguntar-lhe se era feliz:
— Claro! Exclamou ele. Tanto quanto possível ao homem neste mundo.
— Estás rico, então?
Fruchot sacudiu desdenhosamente os ombros.
— Muito bem, repliquei. Teus olhos incendiaram o coração de alguma mulher indolente. Afortunado mortal! És amado!
— Sim. Tenho motivo para o crer, disse Fruchot, sorrindo.
Pareceu-me que o meu amigo não era de todo isento de fatuidade.
Seu rosto, furado como um crivo e emoldurado de espesso e abundante pelo fulvo, todo arrepiado, acabava de regozijar-se com essas palavras, que eu não pude deixar de achar impróprias. Seus olhos, protegidos por sobrancelhas e pestanas quase brancas, cerraram-se um pouco sob a pressão de um pensamento feliz. Assim ele me olhou, com a cabeça inclinada para o lado esquerdo, os lábios entreabertos, a mão levemente metida no bolso do colete, como um herói