Desejaria muito dizer que o local da administração dos Correios é um monumento considerável, que o serviço aí se faz com a regularidade e a atividade inteligente a que estamos habituados na Europa.

A verdade obriga-me, porém, a aplicar outra linguagem.

O edifício dos Correios, no Rio, está longe de oferecer o aspecto grave que apresenta o da rua Jean Jacques Rousseau. Compõe-se simplesmente de uma sala baixa, dividida ao comprido por uma mesa, sobre a qual está empilhada, em confusão, a correspondência trazida pelos navios de todos os pontos do globo. Contra a parede acham-se igualmente encostadas estantes grosseiras, cheias de embrulhos e de cartas. À esquerda, lê-se em um cartaz: "Correio do Norte". À direita: "Correio do Sul". Depois, ao fundo, uma pequena mesa onde se instalam o senhor diretor e dois empregados.

Um tapamento de madeira, com uma porta que se abre à vontade, interpõe-se às mesas e aos visitantes. Eis, em quatro linhas, uma descrição completa do departamento dos Correios do Rio de Janeiro.

Tratemos agora da forma de serviço usada para a distribuição das cartas.

Os despachos trazidos pelas malas inglesas são colocados à parte, sobre as mesas laterais, enquanto que os papéis expedidos por outra via são lançados descuidosamente sobre a grande mesa do centro, onde não tardam a confundir-se com os demais. Os