Mulheres e Costumes do Brasil

Uma vez decidido que Fruchot faria a travessia conosco, é meu dever apresentá-lo oficialmente às pessoas que encetaram a leitura deste livro.

A história de meu amigo divide-se necessariamente em duas partes. A primeira, envolvendo os fatos que determinaram a sua partida para a América, não tem direito a figurar neste lugar. Somente a segunda compete à minha narração.

Declaro-o, por conseguinte, para que a imaginação do leitor, justamente excitada pelas observações que me inspiraram os Martires da civilização, não se perca, por sua vez. O Esquilo das Ardennes não pertence nem à categoria dos Reformadores, nem ao grupo dos Conquistadores. Não foi, tampouco, talhado para brandir a espada do Pioneiro. É uma natureza ardente, porém meiga e capaz de todos os devotamentos; no entanto, excessivamente impressionável e fácil de se melindrar. Fruchot deve ser classificado entre os corações bravos e ternos de que falei acima, que a traição de um amigo de infância amorteceu e que o egoísmo fraternal despedaçou.

Era uma vítima da família.

Era também um mártir da arte.

Depois de muitas atribulações e provas corajosamente suportadas, o meu antigo camarada de Charlemagne dirigira um último adeus a uma civilização impiedosa, no seio da qual não encontrava emprego às suas raras faculdades musicais, e que o deixava morrer a fome.