Em todo o caso, acabou por pensar que a escravidão autorizava os gostos mais bizarros e respondeu afirmativamente à pergunta que acabava de lhe ser dirigida, com a ideia, em todo o caso, de que o seu trabalho seria convenientemente retribuído.
— Oh! Isto não vale nada! Observou, com um pigarro, o visitante. E expôs as suas condições.
Um seu genro, mestre-escola em Parati (município da comarca de Angra dos Reis, na província do Rio de Janeiro), tinha necessidade de um auxiliar para a exploração da sua indústria. Ele vinha então, de sua parte, propor-lhe ser seu sócio. Fruchot daria lições de música e de saxofone, enquanto o pedagogo continuaria a professar as matemáticas, a gramática, a geografia e a história.
— A população dessa comarca, declarou o brasileiro, é boa, afável para com os estrangeiros, sobretudo com os franceses. Mas tem pouco dinheiro. Os pais dos discípulos pagam aos mestres em gêneros alimentícios, tais como: feijão, farinha de mandioca, lentilhas, bananas, etc. Meu genro está longe de consumir tudo quanto recebe. Por isso cede-me o excedente, que costumo vender com as minhas próprias colheitas, mediante uma comissão mínima de 6%. Assim ele realiza, no fim do ano, uma pequena renda. Os seus esforços, unidos aos dele, farão prosperar o estabelecimento e, como ele, o senhor pode contar comigo para a troca em dinheiro das mercadorias trazidas pelas famílias.