Essa perspectiva de unir ao ensino do saxofone o comércio de feijão e bananas não seduziu o meu camarada. Agradeceu, porém, mas recusou peremptoriamente as generosas vantagens que lhe eram oferecidas.
O brasileiro mostrou-se muito admirado.
Na sua opinião, como, aliás, na opinião dos seus compatriotas, os franceses que desembarcam nas terras do Império são geralmente famintos, dispostos a fazer tudo e prontos a aceitar para viver toda a espécie de condições. Com essa ideia, o sogro do pedagogo não podia senão dificilmente admitir que um francês, desembarcado de novo, recusasse propostas tão vantajosas. Não obstante, compreendeu a evidência dos fatos, mas não se considerou vencido, tentando tocar noutra corda.
— O senhor não é casado, presumo eu?
A um sinal de Fruchot, continuou com malicioso sorriso:
— Nesse caso, eu me permitiria fazer-lhe uma humilde apresentação. Parati é um município conhecido pela doçura do seu clima e pela beleza das suas mulheres. Um francês, professor de saxofone, será aí recebido com entusiasmo, embora a sua barba e os seus cabelos não fossem da mesma cor dos de Cristo. O senhor não terá que escolher entre as moças mais diligentes e agradáveis; e dentro em breve um rico casamento seria a recompensa da sua permanência entre nós.