do seu lucro. Esta clausula é obrigatória, quer os discípulos lhe cheguem por meu intermédio, quer por outro qualquer meio.
Tal despudor pôs Fruchot fora de si.
— Então, disse ele em voz surda, durante 24 meses, sem fazer nada, o sr. lança um imposto enorme sobre o meu trabalho de cada dia! E não se envergonharia de tocar nesse dinheiro, homem? E recebendo-o, não percebe que cometerá uma ação vergonhosa e vil?
O sr. Panini cerrou as sobrancelhas e lançou um olhar de cólera. O sr. Cavaillon interveio logo, mas para atribuir todas as culpas ao meu amigo.
Era permitido especular com as lições de música, tanto quanto com as mercadorias coloniais. Ação de legítimo comércio. A proposta do professor poderia parecer severa. Mas não era desonesta, e o costume local autorizava-a. De resto, Fruchot estava perfeitamente apto a aceitá-la ou não, sem que para isso fosse preciso insultar o sr. Panini, ao qual, como chefe da casa, pedia desculpas.
Contente com a satisfação que lhe davam, o italiano confundiu-se em protestos de dedicação ao sr. Cavaillon, não obstante ter lançado a Fruchot um olhar de ódio envenenado, enquanto fazia um cumprimento até ao chão.
— Mas o sr. mesmo, disse o meu amigo, quando ficou só com o afinador-depositário, o sr. mesmo podia lançar-me entre a sua clientela. Necessariamente