Sucedia que, não só ao serem vencidas as guardas avançadas, nenhuma só das sentinelas era encontrada, pelo que o exército brasileiro ficava exposto ao perigo duma surpresa como, por vezes, o próprio comandante da guarda, temendo ser responsabilizado pela deserção das sentinelas, seguia o exemplo destas com todos os seus subordinados. Levavam consigo tudo, fardamento, armas, cavalos, de modo que assim causavam ainda maior dano ao nosso exército, já tão falho de todo o necessário. Por esta forma, o exército foi, gradualmente, se reduzindo tanto que o visconde de Laguna começou a se inquietar e deliberou exortar, pessoalmente, os soldados alemães. Dirigiu-lhes a palavra com muito ardor, pedindo antes do que ordenando; mas, de todos os lados teve a resposta: "que durante toda a campanha, os soldados tinham sido sempre iludidos com promessas vazias e enganados com a esperança de que, no Arroio do Bote, lhes pagariam os soldos atrasados e forneceriam fardamento; e que, entretanto, as tropas às quais o governo já devia os soldos de um ano inteiro, ainda não haviam recebido um só vintém!" Com esta resposta emudeceu o general e retirou-se apressadamente; antes, porém, determinou ao comandante do nosso batalhão, Luiz Manoel de Jesus (?), que reunisse os seus oficiais, para de novo deliberarem sobre os meios de conjurar o mal. Mas, qual foi o espanto deste quando os