exercer atração, porquanto, pessimamente administrados, oscilavam entre a vida e a morte. Destarte, a emigração alemã persistiu em evitar o Brasil.
No tumultuar dos sucessos que precederam à Independência nada mais se fez nesse sentido, e os planos para atrair a imigração estrangeira foram esquecidos até que o Imperador D. Pedro I e o ministério dos Andradas lhes deram nova vida. Mas, então não se cuidou apenas de angariar colonos e sim também soldados. O pensamento do governo era o de reforçar e de multiplicar o primeiro batalhão de estrangeiros, criado a 8 de janeiro de 1823, já porque via em semelhante tropa o mais seguro baluarte do trono contra as tendências revolucionárias; já porque, dada a geral aversão dos nacionais pelo serviço das armas e o estado mais do que medíocre do exército brasileiro, o seu reforço por meio de batalhões estrangeiros, e ao mesmo tempo modelos, era muito para desejar mesmo do ponto de vista puramente militar.
Para atingir a este duplo resultado, urgia tanto mais recorrer a processos extraordinários, quanto nada se havia até então conseguido da simples imigração espontânea.
Por isso lançou-se mão dos recursos mais sedutores e instituiu-se um verdadeiro sistema de recrutamento. Na Alemanha, a direção suprema deste serviço coube a um aventureiro, de passado equívoco, o Dr. von Schaeffer, que se intitulava major da guarda de honra imperial e cavaleiro da Ordem de Cristo, e que, enquanto espalhava os seus agentes por toda a parte, fixara o seu quartel general em Hamburgo, porque a foz do Elba fora escolhida para porto de embarque dos transportes de emigrantes.
As instruções dadas a estes recrutadores jamais foram completamente conhecidas; sabe-se, porém, que estavam