História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

contrato era válido; podia este ou aquele ter exigido e conseguido dos agentes a garantia a mais precisa da sua qualidade de colono, não lhe atendiam; todos, sem exceção, transportados a expensas do governo e considerados aptos ao serviço militar tinham de jurar bandeira, e só aos inaptos, aos pais de família e àqueles que tinham pago as suas passagens, era permitida a liberdade de se fazerem colonos.

O corpo de estrangeiros que, assim, em vez da sua primitiva feição cosmopolita passou a ter um caráter pronunciadamente alemão, constituiu, além de um esquadrão de lanceiros, quatro batalhões de infantaria, que passaram a figurar nos quadros do exército brasileiro, como os 2° e 3° batalhões de granadeiros e o 27° e o 28° de caçadores. O 27° batalhão de caçadores e os lanceiros, foram enviados, em novembro de 1826, para o teatro da guerra no Rio Grande do Sul e ali permaneceram até ao término das hostilidades; os granadeiros, porém, ficaram, desde a sua organização, continuadamente aquartelados no Rio de Janeiro, e para ali regressou também, nos primeiros meses do ano de 1828, o 28° de caçadores, chamado "batalhão dos diabos" que, desde março de 1825, estivera destacado em Pernambuco.

O pessoal de todos estes batalhões era de natureza mui vária, e grande parte dele servia obrigado e de má vontade; além disto o serviço era pesado e, dado o ardor do clima, duplamente insuportável a homens do Norte; os alojamentos nos quartéis e fortes da barra, as rações e o soldo eram inteiramente insuficientes e, conforme o antigo regulamento português, os castigos corporais estavam na ordem do dia. A tudo isto acrescia não haver esperanças de libertação, pois, os engajamentos eram sem prazo, e contava-se que o imperador respondendo a um soldado alemão, irmão de leite da imperatriz Leopoldina, que lhe perguntara por quanto tempo