pensou alcançar, por meio do "de", determinadas prerrogativas.
Mas, D. Pedro não ousou pôr em prática o alvitre sugerido pelo berrador, esperando ainda poder acalmar com palavras o povo agitado. Por isso apeou-se do cavalo, e adiantou-se, se bem que, rosto pálido e tremendo-lhe todos os membros, com passos bastante seguros, ao encontro dos delegados da multidão reunida e perguntou-lhes, com voz áspera, o que queriam dele. Ergueu-se então uma vozeria geral. Este queria a demissão do ministério, aquele a expulsão do imperador, terceiro reclamava contra este abuso, e quarto contra aquela arbitrariedade, e da confusão era impossível apurar qual fosse o intuito real daquela reunião ilegal. Começaram a voar paus e pedras, a luzir espadas e facas e, no fundo da cena, estouraram alguns tiros de pistola.
Ao mesmo tempo, a maior parte das tropas aderia ao partido do povo; somente a artilharia montada, a guarda de honra e o batalhão do imperador pareceram querer cumprir lealmente o seu dever. Com voz leônica bradou Lima o seu "Viva a Constituição!" reproduzido milhares de vezes pelo eco dos bandos de negros e de mulatos. Nesta emergência, D. Pedro perdeu completamente a cabeça e a coragem; como uma caça perseguida correu para trás, montou a cavalo e correu, como que seguido de todas as fúrias do inferno, para o seu palácio de São Cristovão. Ali