o recebeu, banhada em pranto, a sua esposa alarmada, mas não desanimada, e procurou, como genuína filha dum Beauharnais, infiltrar um pouco da própria firmeza no espírito débil e combalido do esposo. Mas, todos os seus esforços foram baldados, pois, o imperador já estava xeque-mate, antes mesmo que o cercassem cavaleiros e peões. Cheio de medo e de terror, recorreu aos seus amigos, os ingleses, que tão gratos lhe deviam ser pela permissão que lhes ontorgara de esgotar, à vontade, o império brasileiro. E, de fato, junto à quinta de São Cristovão já havia vários botes prontos a receber o imperador fugitivo. Os pedidos e as advertências de sua súplice esposa que, segundo se diz, se lhe lançou aos pés, no intuito de o demover do propósito de abandonar, sem mais tentar, o Brasil, nada produziram; despachada com as mais grosseiras expressões, teve a augusta senhora ordem de acompanhar sem demora ao prófugo monarca. À toda a pressa foram então transportados, para bordo duma fragata inglesa, o imperador, a imperatriz e a atual rainha de Portugal, D. Maria da Gloria. Ali chegados, escreveu D. Pedro, sem atender às ponderações dos seus mais íntimos, um bilhete, aos representantes do povo, no qual "renunciava, em favor de seu filho, a todos os seus direitos à coroa brasileira." Por este tempo, contavam-se, no Rio de Janeiro, diversas anedotas, de cuja autenticidade não posso ser fiador, pois não fui testemunha