eminência, sobre a qual, em meio do porto, as fortificações se erguem como os destroços dum navio naufragado, um indivíduo que, sacando debaixo do manto uma enorme espada, intimou ao preso que se defendesse. Este levantou a vista e reconheceu no agressor um antigo rival, tanto de posto como de amor, se bem que este último fosse a causa principal do seu ódio. Num instante esqueceu o herói deste episódio os fantásticos sonhos de amor em que estivera absorto; com passos rápidos dirigiu-se ao baixo aposento, e a mão que ainda há pouco lhe sustinha a cabeça pesarosa, pegou da lâmina afiada para enfrentar vigorosamente o adversário.
Aqui urge observar, como especialmente característico, que naquela época, os oficiais presos tinham permissão de levar as suas armas para a fortaleza, contanto que possuíssem mais duma espada, e pudessem entregar uma delas ao ajudante do seu corpo. Bem armado, levando sobre o contendor as vantagens da força e da agilidade, o provocado reapareceu após breves instantes e postou-se, com serenidade, confiança em si mesmo e garbo militar, em frente ao inimigo abrasado de cólera. Singular duelo, na verdade! Não havia testemunhas, e apenas os moradores domiciliados na ilha, aproximaram-se para assistir ao sangrento espetáculo. As lâminas cruzaram-se; com indescritível furor trocaram-se os golpes e as estocadas; o brasileiro manejava a