História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

"Nossa Senhora da Conceição!" bradavam uns, "Fecha a porta!" gritavam outros, enquanto o monstro se precipitava numa travessa para prosseguir com os seus horrores.

Nas ruas jazem, mortos ou feridas, sete pessoas, a fera atinge incólume o Campo da Honra, sorri-lhe a esperança de se poder refugiar no próximo morro coberto de mato, quando ali no meio da praça, o alcançou a Nomesis vingadora. Dois soldados de cavalaria surgem, a galope, da rua dos Ciganos e, de espada em punho, intimam o fugitivo a fazer alto. Este, porém, já abandonara toda a esperança de escapar ao merecido castigo; na certeza de morrer, dispôs-se a resistir desesperadamente, um golpe terrível lança ao solo o temerário, a arma sangrenta é arrancada de sua mão sem forças, e ele é reconduzido à prisão. Não sei o que lhe sucedeu depois; mas, provável e presumivelmente, deram-lhe um lugarzinho entre o céu e a terra.

Estas pequenas cenas de horror deviam preceder a outras maiores, para demonstrar aos brasileiros que, com a mudança de governo, nada haviam ganho e sim perdido muito. Os heróis da revolução, os homens do povo, mostravam-se, de dia-a-dia, cada vez mais arrogantes; o mérito de haverem expulsado um imperador era, na sua opinião, tamanho que a nação inteira jamais os poderia recompensar assaz gratamente. Eles mesmos, que expelido o tirano, transformavam-se