História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

a colher. Alguns dos rebeldes foram trucidados e os outros novamente encarregados.

Ah! Mas, de que glória se cobriu ali a nobre guarda civil! A destruição de Troia ou de Magdeburgo nada eram ao lado da conquista da Ilha das Cobras, um Achilles ou um Ulysses parecia uma criança comparado a um segundo-tenente da guarda civil, e nem sequer podia-se nomear os heróis da Guerra dos Trinta Anos.

Mal se pode descrever os exageros de entusiasmo provocados por este insignificante sucesso. Compuseram-se poesias em honra dos bravos conquistadores da ilha e do guarda, único civil morto no combate.

Obtidos assim estes louros, a guarda civil regressou jubilosa da sua jornada triunfal - o sapateiro pegou de novo no tirapé e o alfaiate pendurou a espada na parede para lançar mão da agulha. Mas, a calma não devia durar muito e uma nova trovoada, desta vez porém de muito pior espécie, vinha já em caminho. José Bonifacio d'Andrada, o tutor do imperador, havia muito que se sentia ofendido pelo orgulho do regente Lima, e tinha, finalmente, tomado a resolução de, com o emprego de todas as forças do seu dispor, opor uma forte barreira às pretensões do seu adversário. Elaborou o plano temerário de, a força d'armas, derrubar a regência vigente e instituir uma nova. Toda a criadagem do paço e o populacho dos arrabaldes do Rio eram-lhe