ambos os lados, começaram a não lhe dar inteiro crédito. Entrementes, o seu pequeno exército avolumava-se, como a bola de neve em avalanche, ao ponto de ser Rivera considerado o árbitro necessário entre duas potências consideráveis como o Brasil e Buenos Aires. O pomo da discórdia era a posse da bela província Cisplatina, e por isso crescia a importância do homem que, com o seu auxílio e o do seu pequeno exército, podia decidir a contenda a favor dos que escolhesse para amigos.

O general Lecor que, como já disse antes, partia do princípio de que o exército inimigo seria mais fácil de vencer com o ouro do que com o ferro, enviava todo o dinheiro que recebia para pagar os soldos, àquele equívoco cuntactor, para angariar assim a sua aliança e auxílio; Fructuoso Rivera aceitava tudo, fazia contínuos juramentos de fidelidade ao Brasil, assegurava que nunca se propusera voluntariamente a entrar ao serviço da república, mas fora a isto constrangido por um acidente infeliz, e prosseguia tranquilamente com os seus saques e pilhagens nas Missões.

O marechal Braun, ao contrário, mal podendo refrear a sua fúria advertiu, por várias vezes, insistentemente, ao general Lecor que não confiasse num homem cujo manifesto propósito era fortalecer-se o mais possível angariando sequazes, para poder entrar livre como terceiro na contenda e, finalmente, na ocasião da partida, arrebatar