da civilização, africanos e asiáticos mostram, por vezes, assinalada superioridade: o exemplo do Japão é dos mais demonstrativos. A tese de que a formação anatômica do cérebro humano, com a correspondente fixação de suas funções, terminou no período pré-histórico em que se fizeram os descobrimentos dos primeiros meios da vida física e de relação, é sustentada por um espírito eminente (*)Nota do Autor. Daí por diante o exercício desenvolveu a aptidão, sem aumentar propriamente a capacidade.
Sem ir até lá, não é possível recusar assentimento ao conceito de outros antropologistas de que a inferioridade, compensada pela adaptação, é suprida pelos meios pedagógicos de nosso tempo. Não seria, talvez, aventuroso dizer, atendendo à profunda diferença entre os métodos e fins da educação moderna e do passado, que, nos férteis terrenos dessas virgens cerebrações, noções exatas e livres devem despontar mais vigorosas, do que em cérebros que a tradição habituou a centenas de artifícios...
A época em que vivemos representará, na História da Civilização, um período de balanço e de liquidação de ideias, de conhecimentos e de hábitos mentais. Entre as camadas médias e inferiores da sociedade, os princípios e costumes que prevalecem são os destinados a ditar a disciplina e a submissão; nas relações entre os indivíduos reinam convenções e preconceitos empíricos, resultantes da concepção metafísica, apriorística, da vida. A educação dada ao homem policiado,