de amizade, de parentesco, que os uniria indissoluvelmente à nacionalidade, em vez de os manter isolados em "colônias", como até aqui.
Perante os grandes proprietários e capitalistas os estrangeiros apareceriam, sem ameaçar de qualquer modo suas riquezas e probabilidades de maior enriquecimento, defendidas com a segurança e dignidade que só a firmeza da posição econômica confere, em nosso tempo. E se os governos velassem pela educação e seleção intelectual da sociedade, facilitando aos capazes menos afortunados o acesso às escolas e aos cursos superiores, e dificultando, quanto possível, o curso acadêmico aos que só o alcançam graças ao privilégio da riqueza paterna, poder-se-ia dizer que estaríamos em vésperas de realizar uma verdadeira democracia moderna, onde nenhum braço, como nenhum cérebro, se perderia, na inércia, ou por abandono.
Para os indígenas, como para a massa, muitíssimo mais avultada, do proletariado dos campos e das cidades, a atitude dos governos parece, no mais, consistir em sancionar a sentença de sua incapacidade e definitiva degradação, decretada pelos advogados das raças nobres, com o abandono em que os deixam e o zelo com que se aplicam ao aliciamento e localização de colonos estrangeiros.
Fazemos, com o povoamento e com a seleção de nossas raças, uma operação semelhante à dos empréstimos dos governos monárquicos: importar ouro, nas épocas críticas, para deixar, depois, desvalorizar-se a moeda...
Afigura-se-nos que todo o problema etnográfico do Brasil limita-se à colonização, ao aumento