O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

com tal profusão de encômios que em 1808 John Mawe julgava supérfluo repetir as impressões dos outros.

E continha a exaltação. É Maria Graham: "Nada do que vi até hoje é comparável em beleza a esta baía. Nápoles, Firth of Forth, o porto de Bombaim e Trincomalce, cada um dos quais julgava perfeito em sua beleza, todos lhe rendem preito, porque ela os excede em seus vários aspectos. Soberbas montanhas, rochedos de colunas superpostas, floresta luxuriante, claras ilhas floridas, praias verdes, misturando-se a tudo isto o casario branco; cada colina coroada de sua igreja ou fortaleza; navios ancorados ou em movimento; e inúmeros botes velejando, num clima tão delicioso, — combinam-se para tornar o Rio de Janeiro a cena mais encantadora que se possa conceber".

É Walsh: "A baía espalha-se, formando imensa bacia, cercada de montanhas românticas, revestidas de florestas: algumas avançando muito pelo mar, outras afastadas, deixando entre elas vales e recessos profundos, cheios de vivendas. À esquerda a cidade do Rio, descansando entre colinas soberbas; não, como Roma ou Constantinopla, subindo por elas, mas com as ruas serpeando pelos vales embaixo, só igrejas e conventos coroando os morros. Na baía um sem número de navios de todas as nações, de guerra e de consórcio; não aglomerados, como em nossos rios estreitos, mas dispersos nessa vasta expansão de águas, ponteando a superfície em todas as direções. Ao longe a Serra dos Órgãos, formando fundo singular a este quadro. É uma fila de picos de granito, afrontando o horizonte e perfurando as nuvens