CAPÍTULO IV

RECIFE

Foi o Recife a cidade mais visitada, depois do Rio de Janeiro. Além das impressões fugazes dos que aí passaram apenas alguns dias, temos o depoimento precioso, pelo momento histórico, da simpática figura de Maria Graham, quase aia dos príncipes, os dados interessantes de Henderson e o relato honesto de Koster, dos três anos de residência em Pernambuco, onde viria depois passar seus últimos dias.

No prefácio de seu livro adverte Maria Graham: "Há talvez demasiado cunho pessoal nestas páginas, mas o que se diz é honesto; e se a escritora pode pessoalmente pecar por ingenuidade, é uma culpa que lhe traz alegrias". E pouco adiante confessa que "não pretende a perfeita imparcialidade, pois em certos casos a imparcialidade não é virtude; mas sabendo que nenhum bem humano pode ser alcançado sem um pouco de maldade, acredita que conseguiu dar uma boa imagem de ambos, embora lhe custasse escrevê-los. Se não disse toda a verdade há em suas páginas somente a verdade". Há que perdoar por não ter dito toda a verdade e muito que agradecer por ter dito somente a verdade.

Os outros visitantes — Waterton, Swainson, Darwin, Gardner, Mansfield, - pouco se demoraram,