O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

córrego de Ouro Preto com o Funil, orlado de casas vacilantes. Além do Manejo, dobrando para o norte, vê-se a igreja de Nossa Senhora do Rosário e além, a Este, uma colina coroada pela igreja de São José, donde uma rampa íngreme leva a São Francisco de Paula. Mais para o norte cruza-se um riacho pelo Pontilhão do Xavier, de um só arco, e chega-se ao quartel de polícia, pintado de amarelo. São ainda dignos de menção nesse bairro a capela de Nossa Senhoa das Mercês e o Quartel da Guarnição fixa "nome impróprio", diz Burton, "porque esta guarnição foi para a guerra!"

Do outro lado da ponte dos Contos, continua ele, "onde a cidade parece um pedaço da velha Abbeville," está a casa dos Contos construída por certo João Rodrigues de Macedo, rico e importante cidadão, vivendo no fausto, e depois arruinado pela arrematação dos dízimos, tendo morrido meio louco e na miséria. Na rua dos Contos notou uma fonte com curiosa inscrição latina (62),Nota do Autor na qual, diz ele, "a água é melhor que a latinidade". "À direita há uma construção de aspecto alegre, a Mesa de Rendas, ultimamente feita Tesouro Provincial, mostrando-se deserta dos amanuenses, que de pena atrás da orelha como o gavião Secretário, trabalham duro na estatística da comunicação das ruas". "A rua Direita, muito íngreme e escorregadia, de calçadas estreitas, termina em cima na Praça, (sem outro apelido porque é a única da cidade), em cujo centro está o monumento dos Mártires da Inconfidência, acabado de construir, por