ativos, operando com energia e com liberdade. Os partidos e agrupamentos políticos são forças de repulsão das personalidades definidas e de de esmagamento da liberdade de pensar.
Um país precisa desenvolver suas forças intelectuais, com o mesmo esmero com que deve desenvolver suas forcas econômicas; da intensidade e influência das faculdades mentais de um povo, cultivadas racionalmente, e exercidas com liberdade e civismo, depende a eficiência de tudo mais. Vai longe o tempo em que teve crédito o preconceito demagógico de que não há homens necessários.
Nossa raça é inseparável de um certo grau de socialismo de Estado. É, aliás, visível, em toda a parte, a deslocação do problema da posição do indivíduo, em face do Estado, do terreno em que o havia colocado a divergência irredutível entre o socialismo e o individualismo. Não só os interesses apresentam necessidades mais vastas e complexas, demandam obras e serviços superiores às forças individuais e às das associações civis, como se passou a perceber que há despotismos, privilégios e usurpações do individualismo, tão odiosos e nefastos como as tiranias governamentais. Mas a nossa raça recebeu de seus antepassados uma tão forte estampa da influência do estado, sobre todas as faces da atividade, que o fenômeno geral encontra nela uma predisposição natural para se desenvolver, e se aplica mais extensamente. Do lavrador, que reclama do governo a alta do preço de seus produtos, ao homem de letras, que não adquire a consciência de seu valor literário antes de ter assento no cenáculo do Silogeu,